Resenha de Se eu ficar


Esse livro foi um dos grandes lançamentos da Editora Novo Conceito neste ano. O livro ficou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos durante o mês de setembro, segundo o site Publishnews. A editora estava merecendo dar este salto nas vendas desde que perdeu o autor Nicholas Sparks para a Editora Sextante em 2011.

Que o filme ajudou e muito em todo esse sucesso, não tenha dúvida. Não assisti ao filme, mas li diversos comentários, alguns dizem, inclusive, que o filme é bem melhor que o livro. Faz sentido, já que há um grande apelo dramático e essas coisas são melhores sendo vistas. Além da personagem, Mia Hall, ser uma violoncelista supertalentosa e ouvir música é bem melhor que ler sobre música. Mas vamos falar sobre o livro, ok?

Mia Hall é uma jovem de dezessete anos. Filha de pais roqueiros, a garota surpreende quando decide se dedicar aos estudos de música clássica. E é na escola, na aula de música, enquanto toca o seu violoncelo, que ela desperta a atenção de Adam, o roqueiro popular da escola. Mesmo sem entender o que Adam viu nela, Mia aceita sair com ele e o dois começam a nomorar. É um namoro fofo, pois Adam aceita Mia com o seu jeito meio impopular de ser e mesmo ela não se encaixando em seu grupo de roqueiros.  

Tudo parecia ir bem até que um acidente de carro tira a vida dos pais e do irmão mais novo de Mia, e a deixa em coma. Então a parte interessante da história é que o corpo de Mia fica na UTI enquanto seu espírito vagueia pelo hospital. Ela vê e escuta seus parentes e amigos, os médicos e enfermeiras, mas um comentário em especial, desperta sua atenção: uma enfermeira diz que Mia é quem decide se quer ficar. Mia não sabe como tomar essa decisão. Mas no momento em que Adam consegue vê-la, falar com ela, os sentimentos de Mia são arrebatados e a escolha se torna quase mais fácil.

Não sei se Gayle Forman conseguiu agradar ao público com sua escrita. Durante alguns momentos achei a leitura cansativa. A crítica mencionou que esse livro se tratava de mais um daqueles romances que levam às lágrimas com seus dramas. Mas acho que o que aconteceu com Mia não foi nada que fugisse do normal: algumas pessoas perdem seus entes queridos em acidentes, algumas pessoas sofrem a dor da perda, o luto, e não vejo problema em problemas "reais" serem retratados em livros ou filmes. O livro tem também seu humor e o romantismo não é meloso. Gostei e recomendo.

E não deixem de ler a continuação dessa história em Para Onde Ela Foi

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