Resenha do livro A Fúria e a Aurora


Eu estava precisando mesmo de uma leitura assim tão fofa. Inspirado no clássico Mil e uma noites este romance da autora Renée Ahdieh não deixa nada a desejar. Tem tudo que um bom romance deve ter.

Khalid Ibn Al-Rashid é o rei em um lugar chamado Khorasan. Ele é um jovem de 18 anos, porém, mesmo sendo jovem, é bastante temido e respeitado pelos moradores da cidade. Khalid vem destruindo muitas famílias, pois todos os dias ele se casa e, a cada aurora, as noivas são degoladas. Uma dessas jovens foi Shiva. E depois disso, sua melhor amiga, Sherazade, arma um plano. Ela decide se candidatar a casar com o rei, contar uma história que o cative o suficiente para que ele não a mate quando o dia amanhecer e, com isso, ganhar tempo junto ao rei para descobrir suas fraquezas e matá-lo. 

O rei não é tão bobo, claro que ele desconfiou do plano de Sherazade de seduzi-lo com a história. Mesmo assim ele dá uma chance à garota e ela sobrevive na manhã seguinte. E aí começa a parte boa: Sherazade vai conquistando o rei aos pouquinhos, mas ela cai na própria armadilha e vai se apaixonando por ele também. No entanto, ela se considera uma traidora por causa de sua melhor amiga, mas, à medida que vai conhecendo o rei, as coisas começam a mudar, e ela passa a compreender as coisas que acontecem no castelo de forma mais clara. 

Os personagens são bem construídos, a leitura é envolvente, tem mistério no ar... É uma leitura que vale a pena. 

O livro tem continuação. Se chama A Rosa e a Adaga e o lançamento está previsto para este ano de 2017.

— Nós mulheres somos umas tolas, não é mesmo? 
— O que quer dizer com isso? 
— Somos fortes o suficiente para enfrentar o mundo de mãos vazias, mas deixamos que meninos ridículos nos façam de bobas. 
— Eu não sou uma boba.
— Não, não é; ainda. — Despina sorriu. — Mas é inevitável. Quando você encontra aquele que a faz sorrir como nunca sorriu antes, chorar como nunca chorou antes… não há nada a fazer senão se render. (p. 167)

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