Resenha do livro O sol também se levanta


Ernest Hemingway estava na minha lista de leitura há muito tempo. Meu desejo inicial era ler "Por quem os sinos dobram", mas surgiu o desafio de ler "O sol também se levanta" em primeiro lugar.

Demorei um pouco a me adaptar ao estilo do autor. E a história em si pode até parecer cansativa. No entanto, há uma razão por trás disso. Hemingway é um dos autores que faz parte da Geração Perdida - grupo de artistas que estava na França nos anos após a Primeira Guerra Mundial. Foi o que ocorreu com Jake Barnes, personagem principal. Ele e seus amigos viviam explorando a vida noturna em Paris. Festas, bares, viagens... era a isso que se resumia o dia a dia desses personagens. 

Lady Brett Ashley era a única mulher do grupo. Tinha uma vida complicada. Vivia entregue à bebida e aos seus amantes. Jake era apaixonado por ela, mas se conformava em ser apenas seu amigo. Brett estava noiva de Mike, o que não a impediu de sair com Robert Cohn e ainda ter um caso com um jovem toureiro, Pedro Romero. E todos eram amigos! 

O ápice da história foi quando eles viajaram à Espanha para participarem da fiesta (Festa de São Firmino) e acompanharem as touradas, tão conhecidas na região. Hemingway as descreve em detalhes, o que causa certa repulsa em quem não aprecia o esporte. 

Solidão, melancolia, amores frustrados, amizades e vidas decadentes são os temas abordados no livro.

A vida fútil, voltada inteiramente a festas, mascarava a dor de quem lutou e foi ferido na guerra. Como bem descreveu Jake:

“Talvez, com o tempo, acabamos por aprender algumas coisas, pouco importa o que seja. Tudo o que eu desejava era saber como viver. Talvez, aprendendo como viver, acabemos compreendendo o que há realmente no fundo de tudo isso.”

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Leia também: Adeus às Armas.

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